O programa Minha Casa Minha Vida está vivendo um dos momentos mais importantes desde a sua criação. Durante uma entrevista recente, o ministro das Cidades, Jader Filho, explicou que o programa já contratou cerca de 1,4 milhão de unidades habitacionais em todo o Brasil — e agora, com a criação de uma nova faixa de renda, a expectativa é ainda mais ambiciosa: atingir quase 3 milhões de unidades até 2026.

Nova fase: a criação da Faixa 4
Segundo o ministro, a principal novidade é a criação da chamada Faixa 4, voltada para atender famílias de classe média — aquelas que ganham entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês. Essa expansão foi um pedido direto do presidente Lula, que desde o início do seu terceiro mandato defendia que o programa também contemplasse a classe média.
O diagnóstico do Ministério foi claro: com a alta taxa de juros, os recursos da poupança, que tradicionalmente financiavam imóveis para a classe média, começaram a migrar para outros investimentos mais rentáveis. A previsão é de que só em 2025, R$ 30 bilhões saiam da poupança. Isso ameaçava deixar milhares de famílias sem acesso a financiamentos imobiliários.
A solução? Criar um novo modelo dentro do Minha Casa Minha Vida, com taxas de juros mais acessíveis (10,5% ao ano) e prazo de financiamento de até 420 meses. Para comparação, a Caixa Econômica Federal vinha praticando taxas de 11,5%, e outros bancos privados como o Itaú chegavam a 12%.
Como será a distribuição das unidades?
Para a nova Faixa 4, o governo prevê atender cerca de 120 mil famílias já em 2025, e repetir o número em 2026. Ou seja, somente para a classe média, o programa pretende beneficiar 240 mil famílias até o final de 2026.
Além disso, a meta geral do programa foi atualizada: se no início falava-se em 2 milhões de unidades habitacionais, agora a previsão é ultrapassar 2,5 milhões e chegar perto de 3 milhões de unidades entregues no atual mandato presidencial.
O ministro detalhou que o forte desempenho do programa nos últimos anos — com 492 mil unidades contratadas em 2023 e mais de 600 mil previstas para 2024 — impulsionou essa revisão de metas.
Como o governo vai financiar essa expansão?
Uma estratégia importante foi a utilização de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, além do tradicional financiamento pelo FGTS. A intenção é diversificar as fontes de recursos e garantir a continuidade do programa, mesmo em um cenário de fragilidade da poupança.
Essa mobilização de recursos está impactando positivamente toda a cadeia da construção civil: o PIB do setor cresceu 5,1% no último trimestre de 2024, puxando o crescimento da economia brasileira. Segundo Jader Filho, a construção civil caminha para o pleno emprego no país, movimentando desde a indústria do aço até a de cimento e acabamentos.
Facilidades para a população de baixa renda continuam
Embora o anúncio recente foque a expansão para a classe média, o ministro reforçou que as faixas 1, 2 e 3 do programa continuam firmes. Atualmente, a maior parte dos financiamentos está concentrada em famílias que ganham até R$ 2.800, com subsídios de até R$ 55 mil e as menores taxas de juros da história para programas habitacionais no Brasil.
Além disso, o governo tem feito parcerias com estados para facilitar a entrada nos financiamentos, diminuindo parcelas e tornando o sonho da casa própria mais acessível para as famílias de baixa renda.
Conclusão
Com a criação da nova Faixa 4 e a ampliação dos investimentos, o Minha Casa Minha Vida se consolida como o maior programa habitacional da história do país — agora atendendo desde as famílias de renda mais baixa até a classe média, que também enfrenta dificuldades para financiar seu primeiro imóvel.
A expectativa é clara: movimentar ainda mais a economia, gerar empregos e realizar o sonho da casa própria para milhões de brasileiros nos próximos anos.
FAQ – Minha Casa Minha Vida: Nova Faixa 4 e Expansão do Programa
1. O que é o Minha Casa Minha Vida Faixa 4?
A Faixa 4 é uma nova modalidade do programa Minha Casa Minha Vida criada para atender famílias da classe média, com renda mensal entre R$ 8.000 e R$ 12.000.
2. Por que o governo criou a Faixa 4?
Devido à alta taxa de juros, muitos recursos migraram da poupança para outros investimentos, fragilizando o financiamento habitacional tradicional da classe média. Para evitar que essas famílias ficassem sem acesso ao crédito imobiliário, o governo criou a Faixa 4.
3. Quem pode participar da Faixa 4?
Famílias com renda bruta mensal entre R$ 8.000 e R$ 12.000 podem participar.
4. Quais são as condições de financiamento na Faixa 4?
- Taxa de juros: 10,5% ao ano (menor que as taxas praticadas pelo mercado).
- Prazo máximo: até 420 meses (35 anos).
- Financiamento: subsidiado com recursos do Fundo Social do Pré-Sal.
5. Quantas famílias serão beneficiadas pela Faixa 4?
A previsão é atender cerca de 120.000 famílias em 2025 e repetir o número em 2026.
6. O programa Minha Casa Minha Vida vai mudar para as outras faixas (1, 2 e 3)?
Não. As faixas 1, 2 e 3 continuam sendo atendidas normalmente. A expansão para a classe média é uma adição ao programa, sem alterar os benefícios já existentes para famílias de renda mais baixa.
7. Quais são os resultados recentes do Minha Casa Minha Vida?
- 1,4 milhão de unidades habitacionais contratadas em todo o Brasil.
- Em 2024, o programa respondeu por 54% dos lançamentos imobiliários no mercado brasileiro.
- O setor da construção civil teve um crescimento no PIB de 5,1%, acima do crescimento geral do país (3,8%).
8. Qual é a nova meta de unidades habitacionais até 2026?
A meta inicial de 2 milhões de unidades foi ampliada. Agora o objetivo é se aproximar de 3 milhões de novas unidades habitacionais financiadas durante o terceiro mandato do presidente Lula.
9. De onde vêm os recursos para financiar a Faixa 4?
Os recursos vêm do Fundo Social do Pré-Sal, uma estratégia do governo para suprir a falta de financiamento via poupança e fortalecer o crédito habitacional para a classe média.
10. Além da Faixa 4, houve outras melhorias no Minha Casa Minha Vida?
Sim! O governo:
- Aumentou o valor do subsídio (chegando a até R$ 55.000).
- Reduziu as taxas de juros.
- Facilitou a entrada com parcerias junto a programas estaduais.
- Ampliou o acesso para famílias com rendas mais baixas.
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