A crise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (8/5), quando o presidente da autarquia, Gilberto Waller Júnior, afirmou que 27 milhões de aposentados e pensionistas não sofreram qualquer desconto relacionado à fraude bilionária em investigação pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU).
O escândalo, revelado pelo portal Metrópoles, aponta que entidades autorizadas pelo INSS aumentaram em até 300% seus faturamentos, cobrando mensalidades associativas de forma indevida – muitas vezes sem o consentimento dos beneficiários. O esquema, que operava desde 2019, pode ter desviado cerca de R$ 6,3 bilhões dos aposentados brasileiros.
De acordo com Waller, todos os comunicados oficiais sobre a situação estão sendo feitos exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. O presidente reforçou que o instituto não envia mensagens por SMS ou faz ligações telefônicas diretas. Os cidadãos podem também buscar atendimento oficial pelo telefone 135.
Fraude derruba nomes do governo
A gravidade das denúncias já teve impacto direto na cúpula do governo: o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão, enquanto o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado após as revelações da fraude. Também foi dispensado o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis.
A investigação resultou na Operação Sem Desconto, da PF e CGU, que visa apurar cobranças indevidas realizadas diretamente nos contracheques de aposentados e pensionistas por entidades sob suspeita de fraude.
Ressarcimento às vítimas está em estudo
O governo federal afirma que está elaborando um plano para ressarcir os aposentados afetados, com previsão de conclusão do projeto até a próxima semana. No entanto, ainda não há uma data definida para que os valores comecem a ser devolvidos aos beneficiários.
As autoridades seguem apurando quais casos não tiveram consentimento dos segurados e devem ser ressarcidos. A repercussão do caso segue intensa no Congresso e nas redes sociais, com promessas de maior fiscalização e punição aos responsáveis.
FAQ dúvidas reais que os cidadãos podem ter:
1. O que aconteceu no escândalo do INSS?
Uma fraude bilionária foi identificada envolvendo entidades autorizadas pelo INSS que cobravam mensalidades associativas indevidas, muitas vezes sem consentimento dos aposentados e pensionistas. Estima-se que R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados desde 2019.
2. Quem foi afetado pela fraude no INSS?
Apesar da dimensão do escândalo, o presidente do INSS afirmou que 27 milhões de aposentados e pensionistas não sofreram qualquer desconto indevido relacionado à fraude.
3. Como saber se fui vítima da fraude?
Os comunicados oficiais estão sendo enviados apenas pelo aplicativo Meu INSS. Também é possível obter informações e tirar dúvidas pelo telefone 135. O INSS não envia SMS nem faz ligações para tratar do assunto.
4. O que o governo está fazendo para resolver a situação?
O governo está elaborando um plano de ressarcimento para os aposentados prejudicados. Ainda não há data definida para os pagamentos, mas o projeto deve ser finalizado na próxima semana.
5. Quais autoridades foram afetadas pelo escândalo?
O escândalo resultou na exoneração de várias autoridades, incluindo o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, o diretor de Benefícios, André Fidelis, e levou à demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
6. O que é a Operação Sem Desconto?
É a operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União criada para investigar as cobranças indevidas nos contracheques dos aposentados, visando identificar e punir os responsáveis pelo esquema fraudulento.
7. Como evitar cair em golpes relacionados ao INSS?
Desconfie de mensagens ou ligações que não sejam do aplicativo Meu INSS ou do número 135. Nunca forneça dados pessoais a terceiros sem confirmação oficial. O INSS não entra em contato por outros meios para tratar de descontos ou benefícios.
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